Membro das Academias Niteroiense e Fluminense de Letras, o jornalista, poeta, escritor e historiador Emmanuel Bragança de Macedo Soares nasceu na cidade fluminense de Araruama em 3 de setembro de 1945. Filho de Argemiro Ribeiro de Macedo Soares, perdeu a mãe, Leonor de Bragança, no seu parto. Primo por parte de mãe do ex-prefeito de Niterói, Waldenir de Bragança, por parte de pai era parente de Edmundo de Macedo Soares e Silva, ex-governador do antigo Estado do Rio.
Sempre estimulado pela escrita, em 30 de agosto de 1961, poucos dias antes de completar 16 anos, teve o artigo "Antonio Parreiras" publicado em "O Fluminense", sobre o pintor niteroiense e seu Museu, um chamamento para que a população o visitasse após sua reinauguração.
Seguiu no jornalismo estudantil no Liceu, onde, em maio de 1962, foi escolhido para dirigir um periódico feito em mimeógrafo, "O Chuvisco", de circulação restrita ao curso clássico. Com Carlos Eduardo Matos, fundou o mensário "O Temporal", que emplacou uma concorrida entrevista com uma estudante americana sobre o Bloqueio de Cuba, mostrando como os jovens estudantes estrangeiros o encaravam. O periódico chegou a entrevistar Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado e Manuel Bandeira.
Em 1962, foi repórter do "Grande Jornal Fluminense", jornal radiofônico de grande repercussão no antigo Estado do Rio. Estreou em maio de 1963 no suplemento literário "Viveremos amanhã", do semanário "Praia Grande em Revista" de Niterói, com Carlos Couto. Em junho do mesmo ano, integrou a antologia "37 Poetas Fluminenses", organizada por Lyad de Almeida, e nesse mesmo ano lançou seu primeiro livro de versos, "Poemas", editado pela Revista Rural. Muito bem recebida pela crÃtica, reuniu textos escritos entre os 15 aos 17 anos. Levado por Tácito Tani, colaborou, entre 1963 e 1964, no jornal "Última Hora".
Seu segundo livro de poesias, "Tempo de Orvalho", editado em 1967 pela Pongetti e prefaciado pelo poeta Gomes Filho, reúne 46 poemas, que foram do estilo clássico romântico à experiência concretista.
Atuou no semanário "LIG" (1981 e 1991/1992), dos mensários "FAC/Fatos & NotÃcias" e "Nictheroy/Niterói", na "Revista do Ateneu Angrense de Letras e Artes" (1975 a 1982), órgãos da Fundação Atividades Culturais, hoje Fundação de Arte de Niterói.
Em 1988 assumiu o setor de Projetos Especiais da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, onde fundou e dirigiu a revista cultural "O Prelo". Entre 1997 e 1998, colaborou no semanário "Folha de Niterói".
Entre Poesia e Prosa teve centenas de trabalhos publicados em vários jornais e revistas de Niterói, do Rio, Araruama, Campos, Barra Mansa, Volta Redonda e em outros municÃpios fluminenses.
Setor público
No setor público, ocupou diversas funções: diretor-adjunto do Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro (1976 a 1979); diretor adjunto do Museu da Imagem e do Som (1979); diretor adjunto do Museu Antônio Parreiras (1979); Chefe do Departamento de Pesquisa e Documentação (1980 a 1985) e pesquisador especialista (1985 a 1989) da Fundação Atividades Culturais de Niterói; Presidente da mesma instituição (1983/1984); coordenador de Documentação e Pesquisa da Empresa Niteroiense de Turismo (1994/1995) e diretor do Arquivo da Câmara Municipal de Niterói (1995 a 1998). De 1998 a 2003, exerceu o cargo de secretário extraordinário de Preservação da Memória Histórica de Niterói.
Desenvolveu, desde 1964, os projetos "Dicionário Histórico e Biográfico Fluminense" e "Cronologia Histórica de Niterói" atualmente com mais de cinco milhões de verbetes, banco de dados que serviu de base ao Centro de Memória Roberto Silveira, implantado em 2003 no "Caminho Niemeyer", em Niterói. Foi consultor de História e Paleografia do Cartório do 1º Distribuidor de Niterói e coordenador de projetos especiais do jornal "O Fluminense".
Aos 71 anos, Emmanuel Bragança de Macedo Soares morreu no dia 14 de abril de 2017, em Niterói, deixando quatro filhos e dois netos. Autor de mais de 20 livros, foi eleito em 1975 para cadeira número 32 da Academia Fluminense de Letras, ocupada antes por Kleber de Sá Carvalho. Tinha profunda admiração pelo poeta Fagundes Varela, sobre quem deixou um livro biográfico não concluÃdo.
Fontes: Discurso de Alberto Torres na posse de Emmanuel na Academia Fluminense de Letras (O Flu, 12/10/1975); O Prelo (Ed.46, Maio de 2017, pag. 27); Arquivos da Fundação de Arte de Niterói; Páginas de O Fluminense.
Com formação em Engenharia Florestal, eu, Alexandre Porto, já fui produtor orgânico de alimentos e apicultor, mas hoje ganho a vida como escriba (Enciclopaedia Britannica do Brasil, Fundação de Arte de Niterói). Há 20 anos me dedico a pesquisar a História de Niterói, minha cidade natal, do Vasco, meu incompreendido time de futebol, e da Música Popular Brasileira, minha cachaça. Por 15 anos mantive uma pioneira rádio online no Brasil, a "Radinha". Pra quem quiser me encontrar nas redes, seguem os links: Facebook
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